Sabe aqueles simpáticos pés em forma de cone, que lembram casquinhas de sorvete? Aqueles que elevam com bossa poltronas, pufes, aparadores e até frigobares relançados por grandes marcas. Pois os famosos pés palito tornaram-se clássicos na decoração moderna. No entanto, não se tratam de novidades. Eles surgiram na década de 50 pós-guerra (ou seja, no século passado!), como forma de “romper” com padrões de design de mobiliário.

Ao chegar ao Brasil, por volta dos anos 60, agradaram em cheio aos mais antenados da época. Claro, assim como tudo que fosse importado e representasse o American Way of Life. Para ser moderno, naquele contexto, um lar deveria ter mobiliário ou utilitários com os esbeltos conezinhos. As aplicações variavam em mesinhas, cadeiras, sofás e nas famosas eletrolas. Sim, eletrolas, uma espécie de all-in-one para reproduzir música. O aparelho era privilégio das famílias mais abastadas, em suas belas e amplas casas modernistas e, mais ainda, simpatizantes de novidades quentes em tecnologia.

A tendência dos pés palito voltou para ficar há mais de duas décadas. E, especialmente de alguns poucos anos para cá, estourou (de novo) com as ondas vintage e retrô. Figurando principalmente em espaços reduzidos e para quem curte mudar os móveis de lugar o tempo todo. Conforme a arquiteta Cintia Costa, esta pode ser uma das maiores sacadas em termos estéticos e funcionais. “Uma peça com pés palito normalmente é leve física e esteticamente. Parece flutuar ao tocar o chão com uma base de apoio tão pontual, seja com 3 ou 4 pés”, destaca.
Lojista reconhece a qualidade dos expositores do Salão
Como combinar os icônicos pés palito exibidos nos principais estandes do Salão de Gramado
Segundo Cintia, combinar itens pesados, completamente fechados na base, sob medida ou não, com peças com pés palito costuma dar certo facilmente. Para isso, basta equilibrar as composições. “Vale encaixar um conjunto de mesas de apoio, por exemplo, com diferentes dimensões, materiais e cores. Vale também um sofá próximo a um aparador, ambos com pés cônicos. Dosando, dá certo”, indica a arquiteta.

Normalmente os pés são construídos em madeira pintada ou natural – em sua maioria -, ou metal. Muitas vezes sustentam uma estofaria em infinitas possibilidades como couro, tecidos geométricos ou clássicos, capitonês, tramas naturais… Quase tudo vai bem com estes pezinhos.
Apesar de mais populares em residências urbanas, podem ser aplicados em ambientes comerciais e corporativos mais despojados, em mobiliário complementar como mesas laterais. “O critério mais adequado nestes casos talvez seja deixar a peça com ar retrô ser um detalhe importante, sem imperar sobre os demais. A menos que o objetivo seja compor um ambiente temático, como uma cafeteria retrô, por exemplo”, comenta Cintia. No mais, segundo ela, misturar funções, cores, alturas, diâmetros, em dupla ou trio, pode criar espaços bem interessantes.

O certo é que os pés palito passaram a ser mais do que elementos de design de uma época de grandes novidades e transformações. “Agora, em novas montagens e criações, foram elevados à categoria de itens atemporais”, valida a arquiteta.
O Salão de Gramado ocorreu de 20 a 23 de junho de 2017, no Serra Park, reunindo o melhor do móvel, design e decoração de alto padrão através de 78 expositores de diversas regiões do Brasil. A sexta edição do evento ocorrerá de 11 a 14 de junho de 2018, e já conta com diversos expositores confirmados.
Para saber tudo o que aconteceu na 5ª edição do Salão, confira os artigos abaixo.
Feira de negócios: a elegância que remete a Gramado
Feira de negócios ajuda a cativar clientes exigentes
Clássicas e contemporâneas: Strasbourg apresenta damas de porcelana para decoração
Bons negócios em ambientes gourmet
Feira de negócios recebe a Treelux
Selff Design projeta expansão após participação na feira de negócios
Salão de Gramado divulga os ganhadores das promoções
Bons negócios marcam o encerramento do 5º Salão de Gramado
Herval lança nova coleção de móveis na feira de Gramado
Já são dois dias de bons negócios no Salão